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segunda-feira, 22 de junho de 2020

Racismo: quando não há um problema inventa-se

Para certa esquerda (melhor, para a esquerda), o que é preciso são problemas. E se eles não existem… inventam-se.
A esquerda – é uma evidência – vive de confrontos, de posturas radicais, de reivindicações irrealizáveis, de paixões inventadas e clamores incentivados. 
Confusão nas ruas, arruaça popular, inflamação de ânimos – este o terreno ideal onde a esquerda medra.
E se não houver matéria inflamável? É fácil: inventa-se!
Nos EUA, país de longa tradição racista, houve mais uma morte bárbara de um cidadão negro por violência policial injustificada. As circunstâncias da morte de George Floyd merecem a nossa repulsa e a condenação é unânime em todas as pessoas que compartilham um mínimo de visão humanista da sociedade. 
Mas diga-se – com toda a sinceridade – alguém no seu perfeito juízo acha que há paralelo, mesmo que pálido, entre a realidade da polícia norte-americana e a portuguesa?
Num país onde há mais armas (registadas) que número de habitantes, a polícia olha para o cidadão, logo à partida, como um potencial perigo. É bem conhecida a imagem de um polícia norte-americano a abordar um simples condutor já com a arma na mão e o cidadão com as mãos obrigatoriamente em cima da cabeça. É assim, infelizmente. A sociedade norte-americana foi assim construída e levará muitos anos a modificar-se.
Mesmo assim, o problema foi empolado: apenas 23% das mortes de cidadãos por polícias nos EUA eram de afro-americanos. O que não desculpa, obviamente, a morte de George Floyd. Foi um crime e foi horrível. Só há a lamentar e a condenar.
Mas uma coisa é uma manifestação a lamentar o ocorrido nos EUA. Outra é tentar importar, oportunisticamente, a situação para Portugal. Isso sim, é demagogo e criminoso.
“Polícia bom é polícia morto” – diziam cartazes nas manifestações em Lisboa e no Porto em solidariedade com o movimento internacional de condenação pela forma como George Floyd foi morto.
Esperemos – e isto porque somos bonzinhos… – que nenhum desses cidadãos que escreveram e empunharam os referidos cartazes não tenha, um destes dias, necessidade de gritar: “Socorro, socorro, polícia!”. De certeza que mudarão de opinião…

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