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domingo, 24 de fevereiro de 2008

O SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA MANDA TRABALHAR, TRABALHAR, TRABALHAR...

O nosso Presidente da República, que assim o é porque foi o povo que o nomeou, disse aos jornalistas da televisão que, face ao descrédito e ódio que o mesmo povo tem pelos políticos, os portugueses precisam de trabalhar, trabalhar, trabalhar...

Ele tem razão. É que neste Portugal à beira-mar-plantado só trabalha uma minoria que produz para a maioria viver à grande e à francesa nomeadamente políticos,governantes, incluindo o nosso Presidente que nos manda trabalhar, magistrados, juízes, funcionários públicos, dirigentes de matraquilhos ( futebol), jogadores de matraquilhos ( futebol), Administradores de Empresas, reformados do estado com chorudas reformas, artistas, apresentadores, cantores e por aí fora... Toda uma classe improdutiva que saboreia as coisas boas que o desgraçado do zé pagode produz,o tal que não tem formação...

Vivi na diáspora muitos anos e conheci a qualidade de vida que a comunidade portuguesa tinha nesse tempo. Trabalhavam muito menos e ganhavam muito mais. Tinham um padrão de vida que muitos diplomados do país onde viviam não tinham. E porquê ? Porque o sistema beneficiava quem trabalhava no duro. Um Técnico ganhava mais que um diplomado em engenharia ou finanças. Eu, de certo modo, também queria discordar com essa política porque não queria aceitar que, eu, com um curso a nível de bacharelato ganhasse menos que um técnico por exemplo: serralheiro. Mas é assim mesmo. Tenho que dar valor aqueles que trabalham no duro. Temos aqui bem perto esse exemplo: Espanha.

Neste cantinho à beira-mar privilegia-se os doutores e engenheiros pelos seus canudos e não pela sua sabedoria. Basta ter um "CANUDO" e uma cunha e já está: Director disto ou daquilo; Deputado deste ou daquele partido; um tacho aqui; um tacho acolá, etc.... Não me refiro aqui aqueles Doutores e Engenheiros, filhos de pais humildes,em que a maioria vegeta para sobreviver. Há poucos, desta casta, que consegue singrar, não pela sua competência mas sim pela discriminação a que são sujeitos diariamente. Dois candidatos a um lugar de chefia, um filho de figuras públicas e outro filho de um humilde lavrador, a escolha está-se a ver: recai no filho da figura pública pura e simplesmente. A competência em Portugal está fora de questão. Depois é o zé povo o bode expiatório, que não tem formação e é por isso que o país está de tanga. Cambada de filhos...

Voltando ao assunto inicial do nosso Presidente, trabalhar, trabalhar, trabalhar, gostaria de saber onde se pode trabalhar, porque em Portugal não há trabalho. E o pouco que há é bastante precário e miseravelmente remunerado. Senhor Presidente, já que o Senhor não faz nada e manda trabalhar os outros, arranje-nos, pelo menos, onde ganhar para a côdea da broa.

Gringo-Ex-Combatente do Ultramar

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

UMA VIAGEM A ESPANHA

Pouco ou nada conhecia da Espanha. Saí às 5 da amanhã de uma sexta-feira de Sesimbra e cheguei a Barcelona ( mais pròpriamente TONA ) às 8 horas da noite. Foi uma viagem bem sucedida. Não houve sequer um pequeno furo. O GPS funcionou bem, tirando alguns pequenos pormenores de desinformação.
Só me apercebi de haver fronteira entre Portugal e Espanha pela diferença que notei a uma determinada altura ou seja: apercebi-me que estava a viajar noutro mundo. Ao longo da viagem verifiquei que havia muitas semelhanças com a cultura portuguesa. De certo modo até me senti em casa, mas uma melhor casa. Só não gostei foi da senhora da padaria que me cobrou € 4,50 por cinco pães e, ainda por cima, usou as mãos sem qualquer protecção. Até nisso somos "irmanos".
Fiquei triste, por outro lado, em ver que há uma grande rivalidade entre as regiões em que cada uma fala a sua própria língua. A língua que ouvi e que tentava que me percebessem era catalã. Fiquei completamente passado. Não percebia patavina do que diziam. Até cheguei a fazer a pergunta a mim próprio: será que estou em Espanha ?
Fiquei triste, também, por ter chegado à conclusão de que os "nuestros irmanos" não são unidos.
Quem me dera que este Portugal fosse do tamanho da Espanha, mas não uma Espanha com tantas línguas. A língua une as pessoas e quantas mais se falarem mais desunidos os seres humanos estarão.
Devíamos lutar por uma só língua falada neste planeta. Eliminar-se-ia o terrorismo, as pessoas entendiam-se melhor, seriam mais dialogantes e teríamos um "MUNDO" maravilhoso.
Para terminar, este Portugal deveria voltar a ser parte de uma Península Ibérica unida e de uma só língua, que poderia ser "castelhano". Com 64 anos de idade, não me importava nada de ir para a escola aprender "castelhano" para dar o exemplo aos mais jovens.
Aqui vai um apelo aos " nuestros irmanos" galegos, castelhanos, catalães, bascos e outros que tais, para se unirem e falarem uma só língua a escolher democràticamente por todos.
VIVA A PENÍNSULA IBÉRICA E A AMÉRICA LATINA - um só povo uma só nação e uma só língua...