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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

SOLIDARIEDADE SOCIAL

Tenho seguido com atenção esta onda de peditórios por organismos de solidariedade social. O objectivo é louvável e humano.

Contudo, porém, no entanto, cheguei à conclusão que aqueles que fazem parte destas organizações,são pessoas que vivem à grande e à francesa. E por quê ? Porque querem passar por pessoas com um coração humano, extremamente sensível aos problemas da humanidade. Mas é com o dinheiro dos pobres que estes " Chicos Espertos" querem fazer figura pública.

Aparecem na televisão para a fotografia e depois mostram meia dúzia de mendigos a comerem a sopinha, que outros pobrezinhos confeccionaram, para justificar as suas acções. Viajam para todo o lado por conta dos donativos. Não gastam um tostão do bolso deles.

Esta coisa de mostrar na televisão os miseráveis a receber um casaquinho,uma camisinha,uma sopinha, etc.,não passa de um achincalhamento a esses seres humanos que são vítimas de uma sociedade hipócrita e cínica, a única culpada desta situação miserável em que vive milhões de almas.

Gringo
Ex-Combatente do Ultramar

sábado, 15 de dezembro de 2007

TRATADO DE LISBOA - PERDA DE SOBERANIA

 
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Assisti, ontem na SIC, a um debate versando a matéria " TRATADO DE LISBOA - REFERENDO ". A maioria dos políticos está muito preocupada com a perda de soberania com este tratado. A palavra " Soberania" no dicionário tem os seguintes significados: "qualidade de soberano;poder ou autoridade de soberano ou príncipe; império; autoridade moral; etc.; em política: " Conjunto dos poderes que regulam uma nação politicamente organizada, etc. etc."

Ora é exactamente com este significado " conjunto dos poderes que regulam uma nação politicamente organizada" que a maioria dos políticos se preocupa. A perda de poder dos políticos é uma dor de cabeça para quem não sabe fazer mais nada (surripiar). A guerra do referendo não é mais que uma maioria de políticos que entrou em pânico e vê o seu ganha pão ( muito pão) em risco. Sobretudo os partidos de pouca expressão nacional.Estão-se simplesmente marimbando para o bem estar do povo. E isso é que é o problema...

Para o "povo" a "soberania" tem outro significado ou seja: bem estar; boa educação; boa saúde; boa alimentação; bom nível de vida; etc.etc.. O "povo está-se marimbando para o " conjunto dos poderes que regulam uma nação politicamente (des)organizada".

Que me interessa a mim a "SOBERANIA", vivendo miseravelmente ? Prefiro perdê-la e viver condignamente !!! Aliás, os politicos sabem-no muito bem...

Enquanto não erradicarmos este virus de nome " cleptomania" herdado do nosso D. Afonso Henriques, que roubou à mãe este pedacinho de terra à beira-mar, continuaremos a ser a "CAGADEIRA DA EUROPA".

Gringo
Ex-combatente do Ultramar

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

TRATADO DE LISBOA - REFERENDO - SIM OU NÃO ?

 
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O José Sócrates prometeu, na sua campanha eleitoral, o referendo ao Tratado Europeu. Agora, que as coisas mudaram, tudo indica que não vai fazer o referendo. O próprio Presidente Cavaco Silva também é contra o referendo.

A minha opinião pessoal é que o "REFERENDO", qualquer que fosse ou seja o seu resultado, não exprime a verdadeira vontade de um povo. A maioria vota apenas por influência de alguém e, portanto, não está a votar em consciência.

O povo português ainda não tem cultura suficiente para entender estas matérias.Quando parte das gerações do antes do 25 de Abril e ainda parte das primeiras após o 25 de Abril desaparecerem,então,aí sim,os referendos serão bem vindos.

O que seria de Portugal se não estivesse inserido na União europeia ? Vivemos mal ? Claro que sim,mas comparando com a ditadura salazarista, sempre vivemos um pouco melhor. O padrão de vida dos portugueses é o mais baixo da Europa, mas em termos de infra-estruturas melhoramos bastante. Se não fosse o dinheirinho da UE continuaríamos a ter caminhos de cabras e picadas. Se muito dinheirinho foi desviado para engordar as contas bancárias da elite política, isso já é outra conversa.

Resumindo e concluindo: este Portugal seria mais pobre e miserável sem a União Europeia. Seríamos talvez um País tipo Roménia cheio de pedintes e ciganada, com todo o respeito que tenho pelo seu povo que não tem culpa da situação.
Assim sendo, entendo que o REFERENDO é um desperdício de dinheiro que tanta falta faz às reformas dos idosos.

Com ou sem REFERENDO aqui vai o meu SIM ao Tratado de Lisboa.

Gringo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

A MÁFIA DA "ADVOCACIA"

 
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Pelo seu interesse, abaixo transcrevo um artigo do Advogado José Maria Martins


COPIADO DO BLOG " DO PORTUGAL PROFUNDO"



Segunda-feira, Dezembro 10, 2007
Ordem dos Advogados - A reacção dos grandes escritórios que vivem das avenças do Estado

A eleição do Dr. Marinho Pinto pôs em pânico um certo tipo de advocacia: Os escritórios que vivem dos milhões de euros que o Estado, as Empresas Públicas, as Empresas dependentes do Estado, lhes pagam.
O Dr. Marinho Pinto veio colocar o acento numa realidade que tem de ser alterada: A promiscuidade entre os Partidos do "Arco do Poder" - PSD/PS e CDS - e os negócios dos contratos, das avenças com sociedades de advogados, em que o Estado e outras entidades públicas, ou dominadas pelo Estado e pelos Partido referidos.
As grandes sociedades de advogados , onde predominam advogados ligados aos partidos -sobretudo PS e PSD - têm avenças de milhões de euros com o Estado e aquelas outras sociedades e empresas públicas.

Estes contratos de avença nunca são contratos sujeitos a concurso público, como exige a mais lídima transparência e defesa dos interesses públicos.
José Miguel Júdice avançou no ataque ao Dr. Marinho Pinto. Chamou-lhe tudo o que a mais elementar elegância deveria impedir.É a reacção dessas sociedades. O ataque para desestabilizar e amedrontar.
O problema é que alguns desses escritórios apresentam honorários escandalosos, por exemplo:
1 - Consultarem um código para os advogados desses escritórios verificarem se o cliente pode ter advogado!!.......
2 - 3,600 € (três mil e seiscentos euros) por : um telefonema para o Tribunal de Comércio ; mais um telefonema para o Tribunal da Relação; mais um telefonema para um tribunal de comarca e mais uma análise de uma peça processual para esses advogados decidirem da oportunidade e mérito de uma resposta!!............
Ou seja, 3 telefonemas e a análise de um documento para ver se era de responder ou não , custam a um cliente 720 contos !!......
A proliferação de advogados e candidatos a advogados algum dia tem de ser racionalizada.
As universidades privadas ministram cursos de direito com milhares de alunos.
Os professores e as universidades fazem disso um negócio.
Mas o País é pequeno, e há milhares e milhares de jovens e seus pais que foram ludibriados, quando decidiram cursar direito. Não há mercado para todos.
O Dr. Marinho Pinto tem colocado o acento tónico nesta questão, difícil e anormal.
Para mim, mais mil ou 10 mil advogados é gual. Tenho a minha carteira de clientes e vou vivendo. Mas e os mais jovens? Como vão viver?
José Miguel Judice fez musculo, falando em descamisados. Bom , que faria ele sem as avenças do Estado? Se tivesse de viver do vencimento das causas em concorrência com os outros? Ou julga-se melhor advogado que o "descamisado" Dr. Marinho Pinto?

Por fim: É lamentável que a Ordem dos Advogados recorra ao processo disciplinar contra o Dr. José Miguel Júdice. As afirmações que ele fez , se não forem verdadeiras, só a ele desmerecem, mas a Ordem não pode servir de plataforma para a perseguição disciplinar, tantas vezes em causa própria e para benefício de meia dúzia que agem a mando dos partidos, em prol de interesses grupais.
E mais que isso, sem terem sequer conhecimento do que fazem, sem terem experiência do que falam e "julgam", metidos como estão em escritórios e sociedades que nada mais conhecem que papéis e telefonemas para amigos dos partidos.

Posto por José Maria Martins

sábado, 8 de dezembro de 2007

NATAL EM BELÉM


O Natal é o evento que mais marca as desigualdades que existem neste planeta terra. É nesta quadra natalícia que se vê a miséria de um lado e a riqueza do outro. Vi, ontem, na SIC, um documentário do que vai ser o Natal da Família do Presidente no Palácio de Belém.

A Primeira Dama esmerou-se em apresentar ao repórter a beleza da sala de jantar, rodeada de coisas douradas e prateadas,etc., e também apresentou o MENU da noite de Natal: POLVO, BACALHAU e PERU.

Quis a ironia do destino, que mais à frente, quando mudei de canal, aparecesse um programa a mostrar a miséria que vai por esse mundo fora. Crianças com farrapos vestidos que apenas cobria umas pequenas partes do corpo, a comerem o ranho que lhes saía pelo nariz, - tal era a fome - sentados em cima de lixeiras em busca de alguns restos de comida em estado de putrefacção.

Estas imagens fizeram-me lembrar o MENU de Natal em Belém, que me provocou água na boca, pois o meu dinheiro só dá para um bocadinho de bacalhau de 5€ o quilo... baratinho. Infelizmente não dá para polvo nem peru... Mas há sempre um lado positivo da coisa: a família do Presidente vai ficar obesa com tanta comida e a minha família irá continuar magrinha que, dizem, é mais saudável... Deus é grande... Faz justiça por linhas tortas...
Um bom Natal a todos os pobres e, já agora, por que não aos ricos...
Gringo
Ex-combatente do Ultramar...

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A VERDADEIRA DEMOCRACIA - O POVO É QUEM MAIS ORDENA...

COPIADO DO BLOG " Do Portugal Profundo"



"Democracia directa e dignidade humana"
António Balbino Caldeira
Conferência no Centro Académico Vimaranense (CAVIM)
Guimarães, 12-11-2007

........."Em Cristo, não há judeu nem grego, nem escravo nem homem livre"

.................................................Carta de São Paulo aos Gálatas 3, 28


Sumário
A democracia directa é a nova exigência da dignidade humana. Para corrigir os abusos dos eleitos no quadro obsoleto da democracia representativa, os cidadãos têm de recuperar o poder de sufrágio real e a soberania política, usurpada pelos directórios partidários nacionais e locais e sujeita a fidelidades secretas. A dignidade humana exige a intervenção dos cidadãos na escolha livre dos eleitos, a sua consulta nas grandes decisões do Estado, a transparência e a prestação de contas pelos dirigentes e regras efectivas de controlo dos mandatos. A dignidade humana reclama a maioridade dos cidadãos permitida pela democracia directa, a qual, por sua vez, é favorecida pelo progresso tecnológico actual. Sem essa reforma política, não é possível o desenvolvimento integral da comunidade.


1. Introdução
O propósito desta minha conferência[1] é relacionar a dignidade humana e a democracia directa, explicando depois o conceito e conteúdo desta nova forma de governo.


2. Dignidade
Em minha opinião, a democracia directa é o novo nome da dignidade da cidadania – parafraseando a célebre bênção do Papa Paulo VI na convocação do mundo para o desenvolvimento dos povos de que “se o desenvolvimento é o novo nome da paz, quem não deseja trabalhar para ele com todas as forças?”[2].

Dignidade é uma palavra que deriva[3] do latim “dignitas” com o sentido português de "valia", "mérito". Significa o valor da pessoa porque toda a pessoa tem valor, tem dignidade. Ora, essa expressão de consideração pessoal, que integra o conceito de dignidade, é atribuída, por natureza e direito divino, a qualquer elemento do género humano e é condição de existência e de respeito moral. A dignidade é uma condição pessoal. Sem dignidade, o homem não é.

A dignidade é uma condição pessoal, do indivíduo, mas também uma condição social. Isto é, a dignidade impõe a assunção moral do indivíduo, como o respeito social. Todo o homem tem uma condição intrínseca de dignidade que o faz merecer o respeito dos outros. Esse respeito dos outros atribui ao indivíduo direitos e obrigações comunitárias.

A evolução social da humanidade subiu a soberania do povo, a democracia – palavra[4] que tem origem no grego “demokratia”, de “demos“ (pessoas simples) + “kratos“ (governo, força) - , à melhor forma de governo. Mas a versão de democracia em vigor é a democracia representativa.

A sociedade, nos órgãos políticos que ergue com o acordo dos cidadãos, consente na representação através de eleitos, representantes da sua vontade. A liberdade forma essa eleição e a chefia faz-se na base do consentimento.

Portanto, a dignidade humana exige a possibilidade do sufrágio livre e o cumprimento pelos seus representantes do acordo que suportou a sua eleição.

A dignidade humana exige o sufrágio livre, pois reclama a devolução pelos escalões intermédios e de direcção dos partidos do poder de candidatura livre aos órgãos partidários e do Estado em vez da nomeação, ou eleição limitada a uma lista única ou curta dos candidatos por estruturas de direcção locais, regionais e nacionais.

A dignidade humana exige o cumprimento do acordo entre eleitos e eleitores que esteve na origem da eleição. A eleição dos representantes é feita no compromisso, solene através do sufrágio, de realização das promessas que levaram ao voto dos eleitores. O povo vota para a realização desta e daquela decisão, e não doutra ou daqueloutra. A violação do compromisso eleitoral de realização de decisões, não pode ser resolvida na próxima eleição, pois concerne ao mandato anterior. É tarde.

Mas não é só conteúdo do contrato de eleição que importa respeitar, mas também a forma de exercício do cargo que tem de se conformar com as regras que a sociedade institui nas constituições políticas e nas leis. Já recomendava o Papa Leão XIII: “Façam os governantes uso da autoridade protectora das leis e das instituições”[5]. A corrupção, não só da vontade dos eleitores desrespeitada após a eleição, com a comum desculpa da alteração das circunstâncias ou desconhecimento da situação real do poder, mas também do exercício do poder com o abuso do cargo para obtenção de vantagens particulares, constitui uma usurpação dos mandatos e deve ser resolvida de modo eficaz. Não tem sido.

A dignidade humana requer uma forma de democracia que resolva os problemas da democracia representativa: a democracia directa.


3. Democracia Directa
A necessidade da democracia directa resulta da obsolescência da democracia representativa.


3.1. A obsolescência da democracia representativa
A democracia representativa é um sistema de soberania do povo através de representantes eleitos pelos cidadãos. A democracia representativa quis-se, além disso, pluralista, por permitir a participação das diversas ideias e grupos da sociedade.

A democracia representativa é apenas uma das formas possíveis de democracia. Se recuarmos a Atenas e a Roma, encontramos formas de democracia mais directa, ainda que restrita a sectores limitados da sociedade.

A representação tem sido usada como uma saída viável para a utopia democrática, um sistema político onde o poder político reside em cada cidadão. A eleição de cidadãos encarregados, pela maioria, para representar a vontade dos demais, constituíu-se com uma solução possível para a questão democrática: todos participariam do poder, através da eleição periódica por votação em partidos organizados para representar as ideias e vontades dos vários grupos sociais.

Para equilibrar e garantir o cumprimento dessa representação, tem de funcionar a divisão dos poderes, traçada desde Platão[6], Aristóteles[7], Políbio[8] e Cícero[9] aos modernos James Harrington[10], John Locke[11], Montesquieu[12] e James Madison[13] – poder legislativo, poder executivo e poder judicial - cada um assumindo funções próprias, limitando e fiscalizando os outros. Todavia, essa separação formal é prejudicada pela prática consolidada de controlo do poder legislativo pelo poder executivo, através da maioria formada que lhe dá origem, seja por um só partido, seja por uma aliança de vários partidos, e pela prática contemporânea de controlo do poder judicial pelo mesmo poder executivo. Isto é, os mecanismos formais da democracia representativa, os tais “balances and checks”[14], a separação de poderes de Montesquieu[15], não funcionam.

A intermediação dos partidos e dos seus dirigentes teria de ser instrumental, isto é, concorrer para a representação popular e não para a seriação dos candidatos e exercício do poder do Estado em função dos interesses dos dirigentes. Aqui reside o nó górdio da degradação da democracia representativa.

O imbróglio contemporâneo da democracia representativa está na eleição e na representação.

Está, em primeiro lugar, na eleição porque os partidos monopolizam a escolha dos candidatos às eleições, tornando muito difícil, pela determinação absurda do número de eleitores necessários e procedimentos, a apresentação ao sufrágio por independentes, e porque a escolha intra-partidária dos candidatos é realizada pelos directórios locais, regionais (distritais) e nacionais. A escolha dos candidatos não cabe aos militantes mas aos dirigentes que estes elegem. A escolha dos dirigentes, já eleitos por sindicatos de votos familiares e de interesses, é realizada autonomamente por estes, com raras consultas prévias aos militantes, na base da troca de favores e de cargos futuros. Na prática, portanto, o eleitor não escolhe o candidato que deseja, mas o candidato que o directório partidário respectivo lhe impõe.

Está, em segundo lugar, na representação porque os eleitos têm o privilégio de exercer os cargos autonomamente da vontade de quem o elegeu e sem controlo efectivo do seu exercício, pela subordinação do poder judicial ao poder político. A autonomia do candidato da sua base eleitoral é favorecida pelo sistema proporcional de eleição para o parlamento (em vez do sistema eleitoral misto, com circunscrições que elegem cada uma um só deputado e uma circunscrição nacional que garanta a representação das forças políticas mais pequenas) que torna os eleitos dependentes do partido. As desculpas do desconhecimento da situação da instituição ou da alteração das circunstâncias são usadas para justificar decisões exactamente opostas às promessas realizadas antes da eleição e não existe nenhum mecanismo eficaz de cassar juridicamente o mandato. O garantismo que funciona a favor do acusado, e não do povo, e a demora do sistema judicial tornam quase impossível a perda de mandatos decidida pelos tribunais, mesmo quando há iniciativa política. Por outro lado, não há qualquer processo de cassação eleitoral do mandato (recall election) que permita o lançamento de uma iniciativa, assinada por um número de eleitores necessário, que leve ao voto popular de remoção de um político do seu cargo.

A democracia representativa tornou-se obsoleta pela corrupção que a manieta, pela evolução tecnológica e pela ânsia popular de democraticidade.

Comecemos com o que temos de acabar: a corrupção.

A vontade do povo não conta. As eleições deixaram de ser a selecção dos melhores para se tornarem a escolha dos menos maus, uma ordenação de medíocres na degradante escala da corrupção moral. Há políticos íntegros, mas são afastados dos postos de decisão e, na sua maioria, parecem, forçados pela conveniência, a conviverem com o crime.
O medo dos dirigentes do incêndio nos seus rabos de palha é a garantia da cumplicidade. Em Portugal, a democracia continua a ser pisada por uma classe de dirigentes, dominante no Estado, autora e parceira do Mal, impune à justiça e imune à lei. O primado do Direito é substituído pelo primado do poder.

A direcção do Estado - entendido na sua forma ampla, incluindo políticos, partidos, dirigentes da administração pública, órgãos autárquicos, media, alta finança, etc. - vive dentro de muralhas impenetráveis, num castelo fechado à sociedade civil, um reduto em que a corrupção é aceite como facto banal, erigida a regra consuetudinária, questão sem relevo face à impunidade de crimes maiores. Políticos acusados de corrupção material e sob suspeita voltam aos lugares cimeiros. A política transformou-se numa actividade com uma amoralidade própria, sem respeito da moral em vigor na sociedade civil. À semelhança do Doppio Stato italiano, Portugal é agora um país duplo: poder sem vergonha e povo envergonhado.

A corrupção, a imunidade e impunidade dos políticos resultam do seu domínio das estruturas partidárias locais e nacionais e controlo dos media tradicionais (TVs, rádios e jornais nacionais e locais) mediante capatazes e negócios, e do controlo sobre o sistema judicial, inclusivé sobre sectores independentes das magistraturas.

A liberdade de informação nos media tradicionais é limitada pelos editores de confiança. A liberdade de expressão é coarctada pelo poder legislativo. Os delitos de opinião são perseguidos pelo poder judicial, sob a pressão do poder político para que sejam investigados de modo prioritário. Os próprios media tradicionais, com raras excepções, servem os ataques dos aflitos contra presumidos delitos de opinião. A blogosfera, com a vantagem de estar territorialmente localizada no estrangeiro, é objecto de ataque judicial e dos media antigos por causa da liberdade de que ainda vai usufruindo.

A comédia trágica das decisões dos dirigentes políticos já deixou de provocar o riso do povo para só lhe causar desdém e repulsa. Os pactos de regime são percebidos pelo público como a essência da conservação da ruína do sistema. O Estado deixou de ser uma pessoa de bem.

A acusação chocha de justicialismo, que por vezes se atira contra esta reacção legítima aos abusos, cheira ao mofo podre dos salões sujos, dos gabinetes pestilentos e das antecâmaras fétidas, onde pataca-a-mim-pataca-a-ti se repartem orçamentos, discutem comissões, atribuem tachos, combinam abusos, comercializam favores, decidem manchetes, orquestram campanhas, arquivam processos, perseguem cidadãos. A corrupção.

Porque o único processo de mudar o sistema é expor a corrupção. As práticas corruptas, já consuetudinárias, no Estado português só se mudam com a exposição do Mal. Como a corrupção domina os aparelhos partidários, instâncias de poder do Estado e grupos de pressão, e o sistema mediático tradicional está quase todo controlado, de forma directa e indirecta, pelo Governo, só a cassação pública dos corruptos, através da evidência dos seus crimes, pode reformar o sistema. No estertor, o sistema convoca os servos do ex-quarto poder e tenta resistir. A morte está anunciada, mas o sistema é eterno enquanto dura.

O sistema não se está a aguentar com a denúncia dos abusos e, por isso, reage, procurando a punição - pessoal, familiar, profissional, económica, política e judicial - dos cidadãos deste tempo novo. Só a verdade liberta.

Passando agora pela tecnologia, modo e instrumento de evolução da sociedade humana.

A tecnologia acabará por transformar o sistema - e rapidamente se o povo impuser a sua vontade própria à adesão clubística incondicional que agora mantém o limbo e o inferno. A reforma do sistema - e o desenvolvimento! - demorará mais, se o povo não abandonar a resignação a organizações que funcionam de modo anti-democrático e a personagens corruptas. Não obstante, mesmo que essa consciencialização do erro de transpor para a política o fanatismo clubístico e da separação da sociedade em castas - a dos políticos e a do povo - se atrase, a mudança que a tecnologia impõe, é inevitável. O problema é que não podemos esperar que o equipamento tecnológico resolva o que pertence aos homens fazer. Pois, a demissão do dever de mudar provoca um sofrimento e atraso intolerável à sociedade.

E chegando à questão da ânsia popular de democraticidade.

A ânsia popular de democraticidade decorre da lenta emancipação do povo. Há uma consciencialização lenta que demorou e que finalmente se consolida. A emancipação política é um produto das condições de aumento e alargamento da instrução. O povo quer participar da política, nas decisões e no exercício político. Entende que a política é uma actividade demasiado importante para ser deixada apenas aos políticos.

Não é mais possível a manutenção da realpolitik de cariz ditatorial, descontrolada, cínica, alheia à informação e opinião do povo. Não se pode admitir uma farsa de razão de Estado que aliena o povo num delírio perigoso que chega a admitir, à outrance, o juízo desavergonhado de oportunidade judicial sobre factos jurídicos escandalosos!... Como se determinado crime não pudesse ser investigado com a justificação de que não é oportuno…

No entanto, só é possível recuperar a democracia (o poder do povo), usurpada pelos representantes, com a denúncia desses níveis intermédios anti-democráticos que administram o controlo e filtram a informação. Não é possível a mudança de protagonistas neste sistema político blindado. A esmagadora maioria dos homens e mulheres do aparelho, autores, cúmplices e servos da corrupção moral, não aceitam a reforma que os eliminaria do poder. Por isso, precisamos de um novo sistema político. É urgente a reforma do sistema político para a implantação da democracia directa.

Para sair do beco da casta política, em que Portugal vive, temos de reconverter o sistema político, tornando a democracia representativa mais directa. Trata-se de desintermediar a política e assegurar maior democraticidade na eleição. Desintermediar a política dos caciques, dinossauros e jotinhas locais, distritais e nacionais, de bolsos cheios de fichas de militantes familiares (pais, sogros, filhos, avós, tios e primos...), arvorados em grandes eleitores, reis e fazedores de reis, que garantem o poder das estruturas locais e, por aí, controlam as distritais e elegem os presidentes dos partidos, e vice-versa, sem uma escolha efectiva feita pelo povo. E assegurar maior democraticidade na representação com o respeito da vontade popular, o exercício escrupuloso dos cargos e a autonomia do poder judicial.


3.2. A novidade da democracia directa
Para resolver a obsolescência da democracia representativa é necessária reformá-la e instituir a democracia directa[16].

A democracia directa que proponho é uma forma de governo na qual a soberania pertence realmente ao povo que elege livremente os seus representantes, delimita o exercício do seu mandato e participa no processo de decisão política. Na sua versão utópica, a democracia directa não teria sequer representantes. Na sua versão exequível, aquela que defendo e de aqui trato - e que alguns chamam, semi-directa -, democracia directa é um sistema de governo que radica no povo o poder de decisão: reduz o arbítrio de decisão dos graus intermédios de poder partidário, alarga a possibilidade de eleição dos representantes e condiciona a acção dos eleitos ao mandato popular. Os EUA e Suíça utilizam modelos mitigados de democracia directa.

Os representantes ficam obrigados ao mandato que lhes foi confiado pelos eleitores, em vez de poderem seguir durante o período do exercício do cargo apenas a sua vontade. O poder é exercido pelo povo através da livre escolha dos representantes, do cumprimento estrito pelos eleitos do mandato popular e da própria intervenção através de referendos e iniciativas legislativas dos cidadãos.

A livre escolha dos representantes verifica-se com a realização de eleições primárias nos partidos para os diversos cargos internos, autárquicos, deputados e presidente da República, às quais podem concorrer militantes apoiados por listas subscritas por um número suficiente de eleitores (mas não o absurdo número de 10% dos militantes!...); e com a facilitação burocrática e no número de eleitores de candidatura de cidadãos independentes.

O cumprimento estrito do mandato popular verifica-se pela criação de um sistema eleitoral maioritário que desloque o candidato da obediência ao directório partidário, definição clara das promessas eleitorais, a publicação do registo de votação e pela possibilidade da cassação do mandato em caso de desrespeito pelo mandato confiado. A desconexão entre o eleito e o eleitor passado o momento do sufrágio, e a sua autonomia para o mandato, é um princípio postulado por Edmund Burke[17] que tem servido para o desprezo dos eleitores, remediado apenas no sufrágio seguinte, quando é possível. O que Burke disse aos eleitores de Bristol após a eleição para o parlamento foi:



“Certamente, Senhores, a felicidade e glória de um representante deveriam ser viver na mais estreita união, na correspondência mais próxima e numa comunicação sem reserva com os seus eleitores. (…) Mas a sua opinião neutral, o seu juízo maduro, a sua consciência iluminada, ele não a deve sacrificar a vós, a qualquer homem ou qualquer conjunto de homens. Isso ele não deriva do vosso prazer – não, nem da lei ou da Constituição. São um depósito da Providência, pelo abuso do qual ele responde. O vosso representante deve-vos, não apenas a sua indústria, mas o seu juízo, e trai-vos, em vez de vos servir, se o sacrifica à vossa opinião. (…)
(M)as instruções impositivas, mandatos emitidos, que o deputado estaria amarrado cegamente e implicitamente a obedecer, votar e argumentar, ainda que contrário à mais clara convicção do seu juízo e consciência – isso são coisa absolutamente desconhecidas das leis desta terra e que resultam de um erro fundamental dos preceitos e métodos da nossa Constituição.
O Parlamento não é um congresso de embaixadores de interesses diversos e hostis, que cada um deve sustentar, como agente ou advogado, contra outros agentes ou advogados; o Parlamento é uma assembleia deliberativa de uma nação, com um interesse – o do conjunto – onde não devem orientar-nos os propósitos e preconceitos locais, mas o bem comum, que resulta da razão geral do todo. Vós, realmente, escolhestes um deputado; mas quando o escolhestes, ele não é o deputado por Bristol, mas membro do Parlamento.” [18]


Burke, um conservador, excluía qualquer valor acima do serviço da consciência, um “depósito da Providência” divina, e da nação. Todavia, parece mais simples que em vez de contrariar o que presume ser a vontade dos eleitores, o representante se demite para evitar vergar a sua consciência e a sua própria vontade. O mandato foi-lhe delegado – e pertence – ao povo; não lhe foi depositado para fazer o que entende, guiado pela graça da iluminação divina. No plano ideal, compreender-se o postulado de Burke, mas a prática da democracia representativa com o sistema eleitoral proporcional, faz derivar a ordem não do comando da consciência ou do objecto da nação, mas da ordem do partido, muitas vezes sujeito à satisfação de compromissos de financiamento. O postulado de Burke deixou de ser viável para o serviço moral do povo e do Estado.

Os referendos, que também podem ter origem nos próprios eleitores através de petições, e iniciativas legislativas dos cidadãos que o parlamento deve analisar, constituem formas de intervenção legislativa directa dos cidadãos, que devem ser promovidas por contribuírem para a participação popular na política.

Porém, não se confunda a democracia directa com uma democracia participativa indirecta, através de grupos de influência e pressão com maior acesso à informação e aos meios de poder, como a experiência dos orçamentos participativos e instrumentos semelhantes de atribuição de poder a instituições específicas e seleccionadas da sociedade civil. Essa participação na decisão através de grupos influentes, e não directamente dos cidadãos através do seu voto, levaria, apenas, a maior arbítrio, pois não é com o deslocamento do poder dos partidos para organizações sectoriais e programáticas, escalonadas pela sua conformidade politicamente correcta, que se atinge a democracia real. Na prática, essas organizações disputariam o poder e influenciariam as decisões cuja raiz tem de ser efectivamente o cidadão. Essa democracia participativa não se distinguiria do modelo da intervenção dos lóbis de que a sociedade se queixa. E não é com a substituição de uns lóbis por outros, acrescida até da distribuição do poder por esses novos lóbis, que a democracia melhora.

A democracia directa em que acredito, não é apenas uma democracia referendária, mas um sistema político mais abrangente, com regras de maior democraticidade para a eleição e exercício dos cargos. Esta formulação da democracia directa, não elimina a representação política, mas responsabiliza-a, ao mesmo tempo que devolve a escolha efectiva ao povo.

A renovação do sistema político em direcção à democracia directa é delicada, pois o perigo de instrumentalização é forte. Mas a democracia directa não terá menos controlo do exercício dos mandatos do que a democracia representativa. Pelo contrário, exige uma fiscalização mais próxima e frequente do exercício dos cargos, transparência dos actos, sanções automáticas para incumprimento dos mandatos, separação real dos poderes e outras garantias de cuidado e prudência na administração.

O povo quer ter uma participação maior nas decisões do Estado e reclama o respeito da sua vontade, não se conformando com a velha soberania dos mandatos durante o longo prazo da legislatura. Não é já suficiente confiar o Governo a um partido para quatro anos, com liberdade plena para tomar decisões contra a vontade do povo.

A evolução tecnológica já permite, aliás, através da Internet, a consulta dos cidadãos para decisões de relevo – a consulta constante dos cidadãos é utópica. Apesar disso, veja-se o projecto australiano de democracia electrónica do Senator On-Line[19] em que o representante legislativo vota conforme indicação dos seus constituintes.

O costume, que se começa a consolidar, das derrotas das eleições intercalares fazerem cair os governos por causa da convicção de falta de legitimidade, é já um sinal da intervenção popular extra-sufrágio quadrianual, tal como é, ainda mais frequente a consulta sistemática através de sondagens de opinião de amostra única ou de painel que provocam consequências na condução política dos Estados.

Ao contrário do que displicentemente se veicula, não há um afastamento dos cidadãos em relação à política, salvo da política velha e relha, mas um aumento da vontade de participação nas decisões de governo que não é correspondido pela elite política instalada. Em vez de desinteresse dos eleitores, há marginalização do povo.


3.3.Ideias práticas de aplicação da democracia directa
A democracia directa é um sistema e um processo. Algumas sociedades já adoptaram bastantes medidas de democracia directa, outras não lhe dão conteúdo formal e mecanismos de execução, outras até resistem a introduzir mecanismos de maior democraticidade.

Nesta conferência não há espaço para desenvolver em detalhe essas ideias. Mas ficam aqui enunciadas algumas ideias práticas para aplicação da democracia directa:



Transparência e escrutínio das decisões dos eleitos, nomeadamente:
.....Publicação em Diário da República de todos os actos administrativos;
.....Facilitação de escrutínio pelos cidadãos das decisões, processos e resultados da decisão administrativa;
.....Obrigação de discussão pública das decisões de maior relevo, nomeadamente daquelas que envolvam investimentos acima de determinado valor;
Tornar o processo legislativo, da Assembleia da República e do Governo, mais transparente (conferências de líderes e comissões especializadas) escrutinável e, com possibilidade de intervenção real dos cidadãos e organizações da sociedade civil;
Contratação pública mais clara em maior restrição da excepção de negociação particular de contratos com a administração pública acima de determinado valor;
Responsabilização pessoal dos eleitos pelo desempenho do cargo e desrespeito dos mandatos, nomeadamente despesas e contratação, com perda automática de mandato após apuramento da ilegalidade ou irregularidade;
Adopção do sistema eleitoral misto nas eleições para o parlamento, com circunscrições de eleição unipessoal e uma circunscrição nacional que garanta a eleição de representantes dos partidos mais pequenos;
Prestação de contas (accountability) pelos eleitos;
Certificação de contas e estatística por entidades independentes e da União Europeia;
Registo de interesses dos eleitores e candidatos e de declarações de rendimentos com perda automática de mandato para incumprimento ou falsas declarações;
Representação dos eleitos em vez da co-optação de políticas palacianas;
Separação real dos poderes: legislativo, executivo e judicial;
Independência verdadeira e consequente do poder judicial e maior autonomia com imposição de sanções pelo Tribunal de Contas;
Aprofundamento das garantias constitucionais sobre o exercício do poder;
Cassação de mandatos por incumprimento, mediante votação no caso de incumprimento eleitoral e automática no caso de infracção grave;
Eleições primárias nos partidos para todos os cargos electivos internos, do Estado e autarquias;
Audição pública dos candidatos a nomeações políticas;
Facilidade de apresentação de candidaturas independentes e desburocratização do respectivo processo;
Direito de iniciativa popular de propostas de lei, com a apresentação ao Parlamento e a referendo obrigatório de petições assinadas por um certo número de cidadãos, e aproveitamento de eleições para cargos (Parlamento, presidenciais, autarquias e Parlamento Europeu), para consultas populares;
Clareza de financiamento e controlo das contas das organizações políticas pelo Tribunal de Contas, com sanções de perda de mandato e penais para os casos de incumprimento;
Supressão da imunidade política para qualquer facto exterior ao mandato político;
Liberdade efectiva de informação e de opinião dos cidadãos.

A democraticidade interna dos partidos merece uma consideração especial, pois é aí que está um dos problemas maiores do regime. Deve haver uma reforma da lei dos partidos políticos e da sua aplicação que passe a garantir:


regras para tornar mais fácil o acesso aos partidos;
possibilidade de recurso da adesão de militante através da estrutura central dos partidos;
escolha dos candidatos a presidentes de junta, de câmara, deputados e presidente, através de eleição directa pelos militantes;
transparência e escrutínio do registo e manutenção dos militantes nos órgãos nacionais;
regras estritas de financiamento partidário com penalização pessoal dos dirigentes em caso de incumprimento de legislação;
regras rigorosas de eleição interna e de candidatos: marcação, publicitação e escolha;
facilitação da apresentação de candidaturas aos órgãos internos e a candidaturas autárquicas e nacionais, na burocracia e no número de militantes necessários.

Contudo, como sabemos, não basta edificar de forma determinada uma legislação: é preciso executá-la. Isto é, tem de existir regulamentação eficaz, com direitos, obrigações e sanções, para a pôr me prática e definir órgãos que a fiscalizem.


3.4. A questão dos meios
A questão dos meios é decisiva para a avaliação e criação de condições objectivas de mudança. Neste ponto, entra a tecnologia como aliada desta transformação política, com especial relevo para a Internet, mesmo nos regimes políticos mais ditatoriais e fechados. A rede (net) permite a exuberância técnica e moral da cidadania.

Acabou o paradigma salazarista de informação. Já não se consegue governar segundo a velha máxima salazarista de que "politicamente, só existe o que o povo sabe que existe". O paradigma clássico de comunicação política estava realmente obsoleto e foi destruído pela avalanche da procura (o cidadão-repórter). O cidadão-(e)leitor (e e-leitor) ganhou uma costela de repórter. Hoje, o povo pode livremente procurar, editar, publicar, comentar, difundir e amplificar informação para milhares de leitores, gratuitamente, em torrente contínua, rápida, funda e aguda, sem a necessidade de vencer o filtro espesso dos media.

Aquilo a que chamámos Páscoa da Cidadania de 2007 - difusão do Dossier Sócrates (percurso académico e utilização do título de engenheiro por José Sócrates) - representou a viragem, a primeira ocasião em que a obsolescência desse modelo se tornou evidente e se manifestaram os efeitos poderosos da revolução tecnológica da informação e comunicação sobre o sistema político e social português. Do blogue Do Portugal Profundo, passou aos outro blogues, depois os fóruns de opinião e temáticos, daí para os mails, a rua – e, in extremis, os reboques dos jornais, das rádios e TVs, quando se tornou insuportável manterem o silêncio ensurdecedor...

Os cidadãos libertaram-se do jugo da intermediação e assumiram a cidadania, a responsabilidade de intervir na polis, com as suas capacidades disponíveis: a informação e a comunicação. Nesta luta por maior liberdade e democracia a blogosfera tem o papel principal e tornou-se incontornável ao sistema político-mediático português.

Estando os media tradicionais (jornais, rádios e TVs) debaixo do controlo directo e indirecto, através de dependências várias, do Governo – e o Governo Sócrates dispõe de uma força de controlo sobre os media tradicionais como nunca se viu depois do 25 de Abril de 1974 – importa contarmos, para a mudança, com os meios alternativos:


Blogues
Fóruns
E-mail
SMS
A caixa de ressonância dos media tradicionais

Os regimes que se fecham definham por falta de ar e luz, e tudo o que se oprime acaba por rebentar. Na Páscoa da Cidadania de 2007, o regime sofreu um abanão, mas importa aprender para que se incorra em revoltas semelhantes ao cacelorazo argentino de 2001, o 13 de Março de 2004 em Espanha, as émeutes francesas do Outono de 2005 e os protestos húngaros do final de 2006.

Ora, a resposta que o sistema político deve dar não é o endurecimento da sua política de controlo dos media tradicionais, das agências de regulação, das polícias e das magistraturas pelo poder executivo, mas a humildade da adaptação à vontade popular nesta nova realidade tecnológica informativa e comunicacional. É essa mudança da política, em todos os partidos, que o povo reclama agora. Essa vontade popular de mais democracia - democracia directa - não pode ser negada.


4. Conclusão
Creio que ficou provado o propósito da minha comunicação: a relação entre dignidade humana e democracia directa e explicado o conceito e aplicação prática da democracia directa como nova forma de governo.

O caminho da valorização da dignidade humana, condição pessoal e social do indivíduo, conduz à democracia directa, convocada pela evolução tecnológica e pela vontade popular de democracia real. Não é uma tarefa para um partido, mas para um movimento alargado da sociedade civil que promova a reforma do sistema político e crie um meta-paradigma de mudança no qual se reconcilie o povo com o Estado e se renove a esperança.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

GOVERNO INCENTIVA AS MÃES A TER FILHOS COM AUMENTOS DE ABONO DE FAMÍLIA INSULTUOSOS







Nós, portugueses, somos pequeninos em tudo. Ora vejam lá que o nosso governo vem agora incentivar as mães a ter filhos com um aumento do abono de família para o dobro do que estava estipulado.


É claro que os leigos ficam todos contentes com o efeito psicológico da palavra " DOBRO". A realidade é bem diferente e o governo sabe disso. A política é a arte de " saber enganar". Com que então dobrar o abono de família que ronda mais ou menos 10 euros por cada filho, por mês, dobrando vai para os 20 euros, é um incentivo à natalidade ?


Não há dúvida nenhuma que os nossos governantes passam a vida a insultar o povo. Gostaria de saber o que é que o Snr. Ministro Sócrates faria com 20 euros por mês,por cada filho... Nem sequer dá para fraldas...


Vão enganar a vossa família...




Nota: os valores poderão não corresponder à realidade mas não retira o sentido do comentário.


Gringo-ex-combatente do ultramar









terça-feira, 11 de setembro de 2007

OS GOVERNANTES QUE SE GOVERNAM

Esta cambada de macacos que oprimem e roubam milhões aos seres humanos são recebidos pelos países ditos " democráticos" com tapete encarnado. Mundo Cão este em que anda meia dúzia de macacos a viver à grande e à francesa, roubando milhões ao povo que nunca conseguirão gastar, tal o montante em causa, e que acabará por ir parar às mãos de outros energúmenos que darão continuidade a esta barbaridade.
Para estes macacos só a forca é que poderia dissuadi-los de semelhante atrocidade.
Gringo- ex-combatente do ultramar

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

CONTEÚDOS VIA "SMS"


De há uns tempos a esta parte tenho vindo a receber, todas as sextas-feiras, um mensagem "SMS" esquisita do número 3350. Nunca respondi a esta mensagem mas também a minha conta de telemóvel nunca foi surripiada,

Aconteceu, porém, que no passado dia 28 de Julho recebi duas outras mensagens "SMS" do número 4002 e também não respondi porque tenho conhecimento que há por aí uns piratas que andam a surripiar dinheiro das contas dos utilizadores de telemóveis. A festa continuou e continuei a receber mensagens " duas vezes por dia, surripiando da minha conta 2 euros por cada mensagem. Isto quer dizer que num espaço de 4 dias roubaram-me 12 euros. Como já não tinha saldo na conta, pararam com as mensagens. É evidente: já não havia dinheiro para roubar.

Telefonei à "UZO" a participar o roubo e de lá me foi dito que eles não tinham nada a ver com o assunto. Eles tinham um acordo com essas empresas de mensagens com conteúdo a debitar a conta do cliente sem autorização do mesmo. Disseram eles que se me enviavam conteúdo via "SMS" foi porque eu autorizei. Retorqui que nunca tinha autorizado semelhante roubo e a resposta foi a mesma: "não podiam fazer nada".

Estive quase uma hora a barafustar com a funcionária, ao telefone, e no fim tive que desligar à pressa porque comecei a sentir-me mal e fui obrigado a chamar o INEM. Levado ao hospital diagnosticaram-me uma super hipertensão que me provocou um " Enfarte Agudo do Miocárdio". Não estou a brincar. Foi a sério, infelizmente.

Não cabe na cabeça de ninguém que isto seja possível num país com Leis e Ordem ! Será ? Dúvido...

A senhorita da "UZO" teve o descaramento de dizer que não é a "UZO" que está a tirar o dinheiro. São as empresas das mensagens com conteúdo. Eu perguntei-lhe se o extracto da internet não é da "UZO" onde aparece o movimento do roubo e ela voltou a dar-me a resposta já pré-fabricada: "aparece no extracto da "UZO" mas são as empresas que roubam o vosso dinheiro". E esta, hein ? Quer dizer: quando eu transfiro para a UZO os meus carregamentos, não é a "UZO" que recebe mas sim as empresas piratas das SMS com conteúdo.

Ainda não tive tempo, depois deste Enfarte o médico aconselhou-me a não me meter nestas coisas e a descansar. Logo que o médico me dê luz " VERDE" este rapaz vai à polícia judiciária apresentar queixa contra a UZO.

Isto é um problema grave. Tenho a certeza que milhares de utilizadores de telemóveis já foram surripiados por este conto do vigário, mas nada fizeram porque 2 euros hoje e dois euros amanhã não dá para perder tempo e ir participar à polícia. Muitos até mudaram de número, caso contrário nunca mais pararia esta roubalheira.

A "UZO" chama a isto empresas de mensagens com conteúdo mas efectivamente isto é um "GANG" que anda a roubar o cidadão pacato que até tem medo de ir à polícia. É que isto é um negócio lucrativo. Imaginemos que este "GANG" envia mensagens de conteúdo uma vez por mês para cada utilizador de telemóvel. Calcula-se que existam 6.ooo milhões de utilizadores. Agora façam as contas. Mesmo que enviem uma vez por ano para o utilizador não se irritar - pois este "GANG" sabe que ninguém vai perder tempo por 2 euros num ano - serão 12 milhões de euros que este "GANG" rouba ao pacato do cidadão.

Vamos todos denunciar esta roubalheira, caso contrário permitiremos que meia dúzia de chicos espertos fiquem milionários à custa do cidadão humilde que se vê surripiado e não tem forças para reagir.


Gringo-ex-combatente do ultramar

terça-feira, 24 de julho de 2007

GRAFITOS E GRAFITEIROS (GRAFFITTO)


Esta onda de " GRAFITOS" que proliferam por todo o lado está a dar a volta à cabeça do cidadão mais pacato. É revoltante ver por essas ruas fora, os prédios todos cagados de hieróglifos que supostamente lhes chamam de "GRAFITOS".

As autoridades nada fazem para travar este vandalismo selvagem que se propagou por todo o Portugal. Não falo de outros países por que não conheço. Em nome dos direitos humanos deixam estes malvados vândalos ( maioria toxicodependente) borrar e cagar nos nossos prédios que nos custam a carne e os ossos para os mantermos habitáveis e apresentáveis.

A ponte de D. Luiz, tabuleiro superior, quase todos os dias é vítima de roubos de candeeiros instalados ao longo da ponte. Quase todas as semanas lá estão os operários a repor os candeeiros roubados e a limpar os hieróglifos deixados por esses vândalos sem escrúpulos nenhuns.

Um dia perguntei a um operário, que estava a limpar a merda dos "pseudo-grafitos" na ponte, se a câmara não tinha solução para resolver o problema dos roubos dos candeeiros e dos " pseudo-grafitos". A resposta desse operário foi a de que se não houvesse aqueles roubos e grafitos não tinha nada que fazer. E esta, hein ?

É esta a mentalidade da maioria dos portugueses, infelizmente. Com este desabafo do operário é que percebi por que razão estes vândalos continuam à solta...

O governo nada faz, as autoridades também. Até querem abrir salas de "xuto" para os toxicodependentes que são potenciais ladrões/assassinos à solta. Sim, já temos provas suficientes para afirmar isto. Quando não há dinheiro para droga rouba-se ou mata-se, se for preciso.
Gringo-ex-combatente do ultramar

domingo, 22 de julho de 2007

SE OS PORTUGUESES TIVESSEM MAIS FORMAÇÃO O "DÉFICE" NÃO EXISTIRIA


Estes políticos fazem-me rir da figura triste que fazem, ao tentarem passar a "batata quente" para a má formação dos portugueses.
Agora é a má formação dos portugueses que contribui para o "défice" orçamental. Que pouca vergonha...
Conheço muitos licenciados que exercem a profissão de "manga de alpaca" ou seja: simples escriturários. Será que é preciso tirar um curso superior para se ser escriturário ? Não serão estes licenciados super-qualificados para "esta velha profissão" que outrora, nos anos cinquenta e sessenta, era desempenhada por trabalhadores que pouco mais tinham que o 2º grau do Ensino Primário ? Imagine-se um licenciado em gestão, economia ou engenharia a emitir facturas, notas de débito, a fazer lançamentos contabilísticos, etc.. Que perda de tempo estes pobres rapazes/raparigas tiveram, ao estudar mais de 17 anos para o boneco.
Até ao fim dos anos 90, os trabalhadores produziam com as mãos e com a cabeça e o produto era perfeito. E só tinham pouco mais ou menos a quarta classe. Hoje, com a alta tecnologia moderna, o trabalhador quase não precisa de saber ler nem escrever... É só carregar no botão e a máquina faz o resto. Assim sendo, e pela lógica, acho que a formação do trabalhador é cada vez menos necessária, na medida em que a máquina veio substituir a mão de obra em quase 90% e daí o forte desemprego que se propagou pelo Mundo fora.
Lembro-me de quando era trabalhador-estudante, nos anos sessenta, as máquinas de calcular eram, na altura, uma coisa fora de série. Aquelas máquinas em que se tinha de dar à manivela para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo, para fazer uma simples operação aritmética. Hoje, tenho uma máquina de calcular financeira/engenharia que resolve, numa fracção de segundo, um cálculo comercial/financeiro complicado que levaria algum tempo a resolver mentalmente, com o risco de estar errado.
Senhor Ministro das Finanças, estamos fartos de levar com areia nos olhos. Quem precisa de formação são os políticos e os empresários, em que os primeiros só sabem autogovernar-se e os segundos só pagam salários de miséria ao trabalhador que nem sequer dá para a renda da casa.
O senhor Ministro das Finanças teve o descaramento de dizer que se os portugueses tivessem mais formação, hoje não teríamos o problema do "DÉFICE" pelo contrário, teríamos um superavit. Ah...ah...ah... Mas que descaramento. Agora o povo é que é o "BODE EXPIATÓRIO"

Haja vergonha

quarta-feira, 18 de julho de 2007

CASAMENTO HOMOSSEXUAL


Perdi um bocado de tempo a ver e a ouvir uma discussão televisiva em relação aos casamentos homossexuais.

Duas lindas raparigas, assumidamente homossexuais, discutiam a problemática de a nossa Lei não permitir casamentos entre homossexuais. Diziam elas que se fossem casadas seriam mais respeitadas pelas pessoas, como se o casamento de homossexuais mudasse a opinião das mesmas pessoas, ao ponto de aceitar esta situação e respeitá-la.

A Lei pode autorizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo mas não pode obrigar a opinião pública a concordar.

O casamento para mim, e creio que foi esse o objectivo do legislador, é a união entre duas pessoas de sexo diferente para procriarem e constituir família. Aliás, se não fosse isso, essas duas lindas raparigas, assumidamente homossexuais, não teriam existido e, portanto, não teriam a oportunidade de estar a discutir este assunto na "SIC".

Quanto ao direito de igualdade, também aqui o espírito do legislador foi esse ou seja: os homens e as mulheres devem ter os mesmos direitos de oportunidades. Aqui não tem nada a ver com as aberrações humanas que, nós os que nascemos naturalmente, deveremos respeitar e proteger porque não foi nem é por iniciativa própria que a pessoa é assim "homossexual".

Que dois homens ou duas mulheres vivam juntos, tudo bem, nada tenho contra isso. Agora o que não posso aceitar é que, estas pessoas especiais, queiram mudar a ordem natural das coisas.

O que não posso aceitar também é punir uma criança que, coitadinha, não sabendo o que se passa neste "MUNDO CÃO", seja adoptada por homossexuais. Sim, porque essa criança, à medida que vai crescendo, vai-se apercebendo de que algo está errado e isso afecta-lhe substancialmente a sua mentalidade, ao ponto de até poder virar também homossexual.

Se já temos um problema de natalidade, então esse mesmo problema seria catastrófico para o Mundo, porque acabaria por parar a procriação.

Valha-nos DEUS. Não confundir a natureza com aberrações humanas.
GRINGO-ex-combatente do ultramar

terça-feira, 17 de julho de 2007

O DESCARAMENTO DO "PS" NAS ELEIÇÕES DA CÂMARA DE LISBOA


Foi com uma grande surpresa que me apercebi da "BESTEIRA" do PS-Partido Socialista, no Domingo, dia das eleições, quando o repórter da RTP fez uma série de perguntas às pessoas que se encontravam à porta do quartel general do PS, com bandeirinhas e tudo.

À primeira pessoa foi-lhe perguntada qual era a freguesia dela e por que é que ela estava ali. Coitadinha da pessoa, idosa, que mal sabia falar, respondeu que era da freguesia de X em Braga e que a meteram num autocarro com a promessa de ir a Fátima e que depois a levaram para aquele sítio mas não sabia para o que era.

À segunda, terceira, quarta, quinta, sexta pessoa a resposta foi mais ou menos a mesma. Uma delas até disse que foi o PS que pagou o autocarro para irem a Fátima e depois para Lisboa.

Apercebi-me de que o interlocutor ficou embaraçado com as respostas e mudou de conversa. Tudo indica que é militante do PS.

Até hoje ainda não vi nenhum comentador a focar esta "BARRACA" do PS que alugou autocarros e transportou os idosos de todo o país, menos de Lisboa, para ir apoiar o candidato do partido, o mulatinho, à Câmara de Lisboa. Que vergonha ?

E depois vem o Secretário Geral, José Socrates, engenheiro ?, dar o " show off" para algumas centenas de idosos, que o seu partido transportou de todo o país, enganando-os com uma excursão, para uma farsa que foi detectada pela RTP mas que não comentou. Será que a RTP está amordaçada ?

Quem pagou estas excursões? Foi o PS ou o povo ?


Gringo-ex-combatente do Ultramar

sexta-feira, 13 de julho de 2007

A DEMOCRACIA CHINESA


















A sequência destas imagens " Democráticas Chinesas" é de cima para baixo. Como é que é possível o Mundo Civilizado abrir as portas a semelhante " DEMOCRACIA" ?
Só assim é que os chineses conseguem competir com os mercados europeus e americanos...
Mundo Cão este em que vivemos...






Gringo-ex-combatente do Ultramar












terça-feira, 10 de julho de 2007

CERTIFICAÇÃO DE FOTOCÓPIAS...



Fiquei, mais uma vez, chocado com mais uma das situações caricatas que abundam neste Portugal de Cleptomaníacos.
Precisei de certificar uma fotocópia de um documento que me custou 3 euros. Dirigi-me aos CTT, tirei a minha senha respectiva e aguardei que chamassem pelo meu número.
Ao fim de meia hora de espera, dirijo-me ao balcão indicado e pergunto à senhora quanto é que custava a certificação de uma fotocópia. Resposta: " € 17 euros até duas páginas".
Felizmente que não tenho problemas cardíacos mas, confesso, o meu coração ficou bastante apertado. Disse à senhora que não compreendia como é que era possível, a certificação de uma fotocópia de um documento que me custou € 3 euros, custar € 17 euros ! Olhou para mim com desdem e respondeu-me malcriadamente que " toda a gente paga e só o senhor é que reclama..."
Não tive resposta para esta senhora. Virei costas e vim a falar sozinho todo o caminho até casa.
E dizia eu cá para os meus botões: " caralho, na África do Sul, sempre que precisava certificar uma fotocópia de um documento, ia à Polícia e não pagava nada..."
Já me tinham dito que neste Portugal de Cleptomaníacos até se pagava imposto para dar um "peido".
Não me lembro de, no tempo de Salazar, a coisa ser assim tão escandalosa... Isto é um autêntico "RIP OFF" ao cidadão. Haja alguém com capacidade para levar este caso aos tribunais da União Europeia, caso contrário continuaremos a ser roubados descaradamente...
GRINGO - ex-combatente do Ultramar













segunda-feira, 2 de julho de 2007

COVA DA MOURA=COMPLEXO DO ALEMÃO-RIO DE JANEIRO




Vi, com os meus próprios olhos na GLOBO, um documentário sobre a Favela " Complexo do Alemão" no Rio de Janeiro e, confesso, fiquei arrepiado.


Uma autêntica cena de "BAGDADE" em que os militares e polícias não conseguem controlar os "TERRORISTAS" neste caso, "Traficantes de estupefacientes ". Ao que o meu pobre Brasil chegou ! Uma terra tão rica e tão miserável... Deu-me dó ver esta terra que poderia rivalizar com os EUA e até ultrapassá-los.


Qualquer dia vamos ter estas cenas aqui neste cantinho-à-beira-mar plantado. Caminhamos a passos largos para essa situação. Já há zonas em Portugal em que é quase impossível penetrar. É preciso meia dúzia de companhias de comandos e paraquedistas para lá entrarem.


Aqui vai um aviso aos nossos governantes: ou tomam medidas drásticas ou então iremos ter este problema muito em breve neste Portugal.


GRINGO-EX-COMBATENTE DO ULTRAMAR

quinta-feira, 21 de junho de 2007

INSPECÇÃO OBRIGATÓRIA DE VIATURAS




Fui hoje, pela primeira vez, fazer a dita inspecção obrigatória de um carro que comprei há quatros anos atrás.


Correu tudo muito bem; no fim, o inspector diz-me, com cara de quem está a pedir uma nota de € 20,00, que o farol, do lado direito, está muito alto e é preciso afinar. Portanto, teria que lá voltar dentro de 30 dias com o maldito farol direito bem afinado.


Argumentei, embora não seja mecânico, de que era uma coisa muito simples, bastava apenas abrir o capot e virar o parafuso para a esquerda ou para a direita até que os focos ficassem ao mesmo nível.


O inspector, com ar de cumprir o seu dever, mas com um arzito de vê lá o que podes fazer, disse-me que lamentava mas que tinha de ir afinar as luzes e depois que voltasse lá antes de terminar o prazo, caso contrário teria que começar do zero ou seja: fazer uma nova inspecção e, eventualmente, poderia aparecer outra coisa qualquer. Também quis ver o triângulo e o colete amarelo.


Quanto às luzes, como ele me disse, poderia encandear os automobilistas que transitavam em sentido contrário e isso poderia provocar um acidente. Tudo bem. Embora fosse uma merdita de 2 minutos para resolver o problema, o inspector teve todo o direito de me mandar para trás.


O que eu não compreendo é quererem ver o triângulo e o colete amarelo. Eu acho que estas duas peças não têm nada a ver com a segurança do carro. Na minha pobre opinião, acho que a inspecção deve ser feita apenas à segurança do veículo e não da obrigatoriedade de trazer o colete, o triângulo, o livrete, carta de condução, etc.. Esta função deve ser feita pela polícia e não pelos inspectores de mecânica. E para reforçar esta minha ideia vou dar aqui uma pequeno exemplo hipotético: o colete amarelo ou o triângulo pode ser pedido ao vizinho do lado para levar o carro à inspecção e no dia seguinte devolve-se o equipamento ao vizinho. Estão a perceber ?


Afinal ? Para um bom compreendedor...


Esta merda foi criada pelo Presidente Cavaco Silva, aquando da sua governação como 1º Ministro há anos atrás e o objectivo não foi outra coisa senão a de criar mais impostos e corrupção.


Entretanto, apercebi-me que quase 90% das pessoas que levaram os carros à inspecção eram mecânicos e todos passaram. Engraçado, não é ? É que os mecânicos podem arranjar os carros dos inspectores de borla, estão a perceber...


Merda de País onde vivemos... e assim vai este Mundo Cão


Gringo


Ex-combatente do Ultramar


sexta-feira, 15 de junho de 2007

OBRAS ANTES E DEPOIS DE SALAZAR




Foi com bastante regozijo que vi e ouvi no "UM CONTRA TODOS" um comentário bastante pertinente:


As obras no tempo de SALAZAR eram acabadas com seis meses de antecedência em relação ao previsto, por exemplo: a "PONTE DE SALAZAR" - nome que nunca deveria ter mudado, pois não se pode ofender os mortos - e as obras depois da "REVOLUÇÃO DOS CRAVOS", em que ficamos todos encravados, são acabadas seis anos depois. Estes mamões deveriam ser fuzilados.


Meus senhores, caro povo que sofre na pele estas barbaridades, esta Democracia é uma democracia cleptomaníaca, em que os pseudo senhores feudais se digladiam pela conquista do poder, não para dar ao povo aquilo que é humano e justo mas sim, para acumularem fortunas fabulosas ao longo do seu mandato.


Criticam os governos da América Latina pelo seu autoritarismo ditatorial mas a merda em Portugal é a mesma. Só com uma diferença: está adocicada com uma pseudo democracia que os latinos americanos ainda não aprenderam. Quando a lição estiver aprendida, então a América Latina estará perfeitamente geminada à Europa Latina.


Assim vai o "MUNDO CÃO"


Gringo


Ex-combatente do ultramar




quinta-feira, 14 de junho de 2007

A LEI DA OFERTA E DA PROCURA




Não sou economista, nem coisa que o valha, mas gostaria aqui de focar alguns pontos desta LEI ECONÓMICA que é uma das poucas que funciona mas que não a deixam funcionar. Ora vejamos:


A União Europeia impôs regras de produção aos Países membros. E porquê ? Acho que já toda a gente sabe, mas não resisto a comentar sobre esta matéria. É que esta coisa da União Europeia dar cotas de produção disto ou daquilo e, muitas vezes, proibir a produção deste ou daquele produto, neste ou naquele País membro, não é mais que controlar esta célebre LEI DA OFERTA E DA PROCURA.


Os capitalistas só querem que esta LEI funcione para o lado deles ou seja: controlar a OFERTA de modo a que a PROCURA seja sempre superior. Bàsicamente esta LEI diz o seguinte: Se a OFERTA for superior à PROCURA, os preços descem e a qualidade sobe; se a PROCURA for superior à OFERTA, o que acontece é que os preços sobem e a qualidade desce.


Aqui está a verdade desta imposição da União Europeia aos Países membros para não produzirem ou produzirem quantidades controladas.


Uma União Europeia que supostamente deveria ser socialista, é apenas um gigante padrinho de uma máfia que domina toda a EUROPA e tenta estender os seus tentáculos a outros Países para aumentar o seu domínio económico. O povo é que se f...


Gringo


Ex-combatente do Ultramar


sexta-feira, 8 de junho de 2007

DANÇA COMIGO " POR UMA CAUSA JUSTA"




Gostei imenso do espectáculo do " DANÇA COMIGO-POR UMA CAUSA JUSTA" hoje, dia 7 de Junho de 2007, sobretudo das apresentadeiras ( arcaico) que no "ecrã" eram belíssimas. Ao vivo não sei se serão assim tão belíssimas. Nunca as vi ao vivo...


A Catarina Furtado é minha conterrânea e, só por isso, merece o meu respeito. É uma grande apresentadeira (arcaico). Viva os Moçambicanos do tempo colonial...


Até aqui, tudo bem... O problema é que o objectivo deste espectáculo era angariar fundos para os mais desafortunados ou seja: os miseráveis.


Acho, na minha opinião pessoal, que este tipo de espectáculo deve ser banido dos "ecrãs" por razões dignas do ser humano. O ser humano não pode ser achincalhado com estes peditórios que envergonham o nosso governo e a nossa democracia.


Num País verdadeiramente democrático e social não pode haver miseráveis. O nosso governo, em lugar de meter ao bolso todos os milhões que o povo paga de impostos, deve distribuir algum por aqueles que, por razões de ordem mental, física ou acidental, necessitam que lhes seja garantida a sua sobrevivência com dignidade.


É uma vergonha andar com estes peditórios nos ecrãs, nas rádios e na rua. Fomos e continuamos a ser os pedintes da "EUROPA".


As apresentadeiras (arcaico) e toda a classe artística aproveitam-se para se exibirem no "ecrã" mostrando, de cinco em cinco minutos, um vestido diferente , que não lhes custa nada, e umas boas pernas ( estou a falar apenas das mulheres). Quem paga são os clientes que vão às "BOUTIQUES" comprar esses vestidos. A publicidade, caríssima, é paga pelo consumidor. Eu não compro nada que seja publicitado nos ecrãs, nos jornais, nas revistas, seja onde for.


Vou deixar de ver programas cujo objectivo é mendigar. Nunca dei um tostão para este tipo de programas. Gostaria mais de ver nos "ecrãs" sátiras ao governo pela pobreza que existe em Portugal. Aí sim, contribuiria para subsidiar, nem que tivesse de tirar à boca, um programa com esse objectivo, com todo o prazer, e as apresentadeiras ( arcaico) , neste caso, até seriam bem apreciadas as suas pernas que se mostrariam por uma causa justa.


O José Sócrates deve estar muito contente por a Catarina Furtado estar a contribuir para que os governantes metam mais dinheiro ao bolso, pois o dinheirinho que ela poder angariar para os miseráveis, será menos aquele que o governo terá de despender e, portanto, meter ao bolso.


Gringo


Ex-Combatente do Ultramar




sábado, 2 de junho de 2007

700 MILHÕES REPRESENTA APENAS 1%, DISSE O MINISTRO


Cambada de "Arruaceiros" estes governantes e políticos que não têm um mínimo de hombridade para dizer a verdade e aceitar as culpas desta situação caótica que vivemos em Portugal.
Com que então 700 milhões de euros é apenas uma gota de água num oceano de 70 mil milhões de gastos públicos ? Estes malabaristas arranjam logo maneira de tentar disfarçar, descaradamente, a cleptomania que impera na MÁQUINA QUE REPRESENTA O "ESTADO". Sim, porque "ESTADO" é o povo. E o povo é que elege os representantes do ESTADO. São esses representantes que têm de se dirigir ao "POVO" com humildade e respeito pelo seu patrão, o "POVO".
Os setecentos milhões de euros dava para tirar muito povo da rua. Construia-se muitos bairros para os pobres. Acabava-se com os " SEM ABRIGO". E dava para muito mais...
Já viu, Senhor Ministro, o que se poderia fazer com este dinheiro ? Não venha tapar os olhos ao seu patrão, o POVO.
O método utilizado para se condenar quem não paga impostos, deve ser o mesmo para se punir esses cleptomaníacos que esbanjam o nosso dinheiro.

GRINGO-ex-combatente do Ultramar






sexta-feira, 25 de maio de 2007

CADA CIDADÃO PORTUGUÊS POUPOU € 250 EM 2006




Vi na RTP1, uma notícia sobre a poupança dos portugueses. Dizia o jornalista que os portugueses estão a poupar cada vez menos. A poupança de 2006 comparada com o periodo homólogo de 2005, registou uma quebra de 50%. Os portugueses em 2006 só pouparam, em média anual ponderada, € 250,00 cada.
O Jornalista esqueceu-se de fornecer aos prezados telespectadores a fórmula do cálculo desta poupança dos portugueses. Esta lacuna, imperdoável, é intencional e destina-se a enganar o Zé-povo.
Para que o Zé-povo fique mais bem elucidado, aqui vai a fórmula do cálculo da poupança dos portugueses:

FÓRMULA

População portuguesa: 10.000.000

10.000 portugueses pouparam

durante o ano de 2006................................... 5.000.000.000
9.990.000 portugueses endividaram-se

durante o ano de 2006..................................( 2.500.000.000)

TOTAL DE POUPANÇA LÍQUIDA.............. 2.500.000.000



€ 2.500.000.000 a dividir por 10.000.000 de portugueses = €250,00 poupança média ponderada anual por português.

Não me façam rir.

É este o mundo cão em que vivemos...
GRINGO-ex-combatente do Ultramar

sábado, 5 de maio de 2007

SUA EXCELÊNCIA ALTEZA REAL O PRÍNCIPE DAS ASTÚRIAS




Fico doente e revoltado ao ver nos ecrãs dos televisores, a mediatização do nascimento de mais uma criança que dizem ser filha de uma pessoa com o título de " Príncipe das Astúrias". A vida luxuosa que esta família chamada "nobre" tem, é um autêntico insulto à inteligência do ser humano mais humilde.



Milhões de seres humanos, por esse mundo fora, que nem sequer têm um rato para comer( porque são poucos, embora sejam milhões) não vêem estes luxos megalómanos. Tenho a certeza de que se esses milhões vissem os ecrãs dos televisores e tivessem forças para uma longa caminhada, comeriam todos esses vermes, apelidados de "nobres", e os aniquilaria para sempre.



Não é possível, no mundo em que vivemos, termos estes extremos: esqueleto e obeso. Não podemos tolerar mais esta situação. Os lobbies estão apenas interessados nos milhões que podem gerar para proveito próprio ( veja-se os milhões que esses FDP gastam em divertimentos para irem à Lua, etc. ) e não têm qualquer piedade se o trabalhador, que contribui para esses milhões, passar fome e os seus filhos nada tiverem para comer...

terça-feira, 1 de maio de 2007

BEAUTIFUL WORLD



Se o mundo fosse sempre assim, só haveria paz e amor...

quarta-feira, 25 de abril de 2007

OS SENHORES DOUTORES E OS SENHORES ENGENHEIROS




Já li muitos comentários sobre a problemática do curso de engenharia do nosso 1º. Ministro José Sócrates. Li muita coisa que não passa de pura imaginação do autor.Tive que separar o trigo do joio para chegar a uma conclusão: de facto, há qualquer coisa errada na carreira académica deste 1º. Ministro. Parece-me que tinha um bacharelato em engenharia civil e depois decidiu tirar a licenciatura na UNI que, pelos vistos, só exigia meia dúzia de cadeiras, sendo uma delas de inglês técnico, cujo teste de avaliação foi feito numa folha A4 e foi enviado pelo correio com o cartão do secretário-adjunto de não sei de quê do governo e que se chamava José Sócrates.


Segundo o depoimento de um comentador ( pelos vistos engenheiro civil) em que diz que é estranho ser exigido pela UNI apenas 5 cadeiras ( felizmente não há bancos) ao José Sócrates para tirar a licenciatura quando, efectivamente, qualquer universidade, exige para cima de 20 cadeiras; as trapalhadas de documentos originais que desapareceram, confusão de datas; notas dadas ao Domingo; 4 cadeiras dadas pelo mesmo professor que neste caso era o próprio Reitor que porventura deve ser um enciclopédico, etc., tudo indica que aqui há gato. E já se viu o rabo de fora...


Por favor, já é uma vergonha chamar Dr(a) a uma licenciatura de gestão, economia e outras, quanto mais chamar engenheiro a um charlatão.


O Ministério Público, na pessoa do Snr. Procurador-Geral da República, não pode fazer ouvidos de mercador e fechar os olhos a semelhante escândalo. Eu sei que a partir da revolução dos cravos ( em que ficaram milhões de retornados encravados) muitas licenciaturas foram dadas de bandeja, exactamente como deram as ex-colónias portuguesas ao nacionalistas africanos que estavam apenas a fazer o jogo das potências mundiais, nomeadamente União Soviética, China, USA, Inglaterra, Dinamarca, França e todas as outras nações...


E esses beneficiados que receberam as licenciaturas, de mão beijada, da jovem democracia, são hoje os senhores políticos e governantes e é por isso que só agora descobri: " Now I understand why this miserable country does not grow. It is because there are too many false Doctors and Engineers who keeps all the revenue in their pockets"


terça-feira, 24 de abril de 2007

A PANTERA NEGRA




Tive conhecimento, através dos media, que o nosso Eusébio foi de emergência para o hospital com um problema nas artérias que estavam bloqueadas e poderia provocar um AVC. Desculpem, não sou médico nem quero perder tempo a procurar o vocabulário indicado para este tipo de problema.


O problema que efectivamente aqui coloco é a mediatização que deram a este caso. Tenho a certeza absoluta de que esta mediatização foi financiada pelos "SENHORES DO FUTEBOL" que vivem à grande e à francesa e ganham milhões à custa destes " jogadores de matraquilhos" que mais não sabem fazer. Convem-lhes dar publicidade a estes casos para manter a chama do " MUNDO DOS MATRAQUILHOS" e manter os fãs bem fanáticos. Não venha o TENDEIRO dar a volta aos fanáticos...


Lamento imenso que, alguém que apenas jogou " matraquilhos" algum tempo e ganhou uma fortuna e continua a fazer uma vida de senhor com os matraquilhos, coisa que 10.000 trabalhadores não ganhariam a trabalhar uma vida inteira, seja dada esta mediatização como se fosse alguém que tivesse inventado a " BANHA DA COBRA". Ou então é para agradar aos PALOP´S.


Vou deixar de ver televisão e ler os jornais. Vou passar a ver uns filmes de cowboys que é sempre melhor que estas palhaçadas.


A propósito: conheço alguém que está à espera de fazer uma pequena cirurgia, há mais de três anos, e não lhe deram a mediatização que o caso merece. Pudera... Não joga matraquilhos... Andou na guerra do ultramar e foi ferido e hoje é visto apenas como um assassino dos nossos irmãos africanos... Mundo cão...